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Aplicativos: trajetos e trajetórias invisíveis na cidade

Documentário dirigido por Letícia Pessoa Masson e Simone Santos Oliveira traz depoimentos de ciclistas, motociclistas e motoristas cadastrados em aplicativos. O quanto custa a esses profissionais a entrega de alimentos e a condução de passageiros.

Um profissional sem vínculo empregatício, que no início da febre dos aplicativos ganhava R$ 4,00 por quilômetro rodado e, agora, ganha R$ 0,50. Com a pandemia e desemprego ainda mais elevado, muitos se tornaram “empreendedores” em bicicletas, motos e carros.

Segundo um dos entrevistados, “não há amparo. A plataforma, ao ser comunicada de um acidente, não indagou a respeito da situação do condutor. Indagou se seu colega que comunicava o acidente poderia realizar a entrega”.

Complemento de renda? É “A atitude de leveza que vendem pra gente”, diz Denis Moura, motorista, e acrescenta: “Ah, é seu complemento de renda. A categoria não se reconhece. Todo mundo acha que é advogado ainda, e roda há cinco anos (…) Quando você se dedica a um determinado trabalho doze horas por dia e sete dias por semana, ou seis por semana, ele não é um complemento, ele é a atividade principal”.

Desabafa a jovem Luiza Rizzo: “eu costumo falar que mulher entregadora sofre um tipo de triplo assédio: de outros entregadores, do estabelecimento que a gente está indo pegar a comida, e também da pessoa que a gente tá indo entregar a comida. Extremamente ruim…abordagens sexuais …já tive que sair correndo de um prédio por conta disso”.

O documentário está disponível em

https://youtu.be/mKoCf338F5c

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