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Um 8 de março para lembrar Shireen Abu Akleh

Shireen Abu Akleh, correspondente do portal Al Jazeera na Palestina, foi vítima fatal do exército de Israel em novembro de 2022. A força militar sionista não reconheceu a autoria, embora sua investigação tenha admitido grande possibilidade de que a jornalista “tenha sido morta por uma bala disparada por um soldado israelense”, reporta o portal Brasil de Fato. Investigação realizada por comissão constituída pela Organização das Nações Unidas publicou relatório em outubro de 2023 no qual conclui que “as forças de segurança israelitas usaram força letal sem justificativa ao abrigo do direito internacional dos direitos humanos e violaram intencionalmente ou imprudentemente o direito à vida de Shireen Abu Akleh”. O informe é da Federação Nacional dos Jornalistas.

A morte da jornalista antecede o 7 de outubro de 2023, data tomada pelo governo sionista como pretexto para dar continuidade à limpeza étnica que é executada em territórios palestinos ocupados. Ou, em outras palavras, continuidade de ações que matam e forçam a saída de palestinos de suas casas e de suas terras há quase um século, incessante e impunemente.

A jornalista é nome reconhecido publicamente e, tendo seu martírio como mais um entre tantos, podem ser pranteadas as milhares de mulheres palestinas mortas, ou as milhares que perderam e ainda perdem diariamente crianças e familiares, essa gente toda vítima das mesmas forças sionistas. Essas mulheres não empunhavam nem empunham armas, não integravam nem integram exército de seu país, até porque palestinos não têm o direito a constituir exército para sua defesa, para lutar contra colonizadores.

As mulheres palestinas são, simplesmente, alvos a serem abatidos, antes que gerem novos palestinos.

Imagem: Wikipedia

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