Nota à imprensa da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Governo Federal informa que Maria Rita Serrano será substituída, na presidência da Caixa Econômica Federal, por Carlos Antônio Vieira Fernandes, nome indicado pelo chamado Centrão.
A nota rasga elogios à gestão de Rita Serrano e diz o que o novo presidente da Caixa dará continuidade ao trabalho.
A nota é cínica. Pouco importa se a gestão da Rita foi produtiva ou não nesses pouco mais de nove meses de sua indicação e o que fará seu substituto, exceção, naturalmente, à exigência em atender demandas de quem o indicou.
Tão logo anunciada a mudança, portais informaram que Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, pautará o projeto para tributação de fundos exclusivos e offshores, até aqui encalhado no parlamento. Nas manchetes, pautar o tema vem associado à troca na Caixa.
A tributação dos donos dos milhões de reais ou dólares em fundos exclusivos e offshores poderia ter sido colocada pelo governo ao debate público, para que a pressão popular cobrasse posição de parlamentares. Mas debate público não é o caminho escolhido agora, como não foi quando do estabelecimento de norma não tão draconiana para o teto de gastos e é improvável que seja em qualquer outro tema. O negócio é a barganha. Para que agitar as ruas, não é mesmo?