A representante eleita pelos empregados ao Conselho de Administração da Caixa, Maria Rita Serrano, divulgou ontem (29) por redes sociais a informação de que o Banco Central do Brasil autorizou o funcionamento da Caixa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (Caixa DTVM).
A DTVM, reconhecida em balanços como subsidiária sob controle integral do banco público, será o destino das aplicações de terceiros em fundos de investimentos na Caixa. Artigo de agosto de 2021 publicado no Todo Plural destacava que, nas demonstrações da Caixa de junho de 2021, tais fundos somavam R$ 645,9 bilhões, montante que não incluía os fundos sociais administrados por delegação do governo federal. Em tarifas bancárias, os fundos de investimentos proporcionaram à Caixa R$ 1,089 bilhão nos primeiros seis meses do ano. A Caixa detinha, então, 7,7% desse mercado.
O jornal Valor Econômico, edição de hoje (30), diz que a direção da Caixa pretende abrir o capital da subsidiária e vender 15% ao mercado, existindo ainda a hipótese de lotes extras, a depender da demanda. A oferta inicial de ações poderá ocorrer, segundo o jornal, no início de 2022.
Segue, assim, o processo de esvaziamento da Caixa. Subsidiárias são criadas, a elas são transferidos bilhões de reais em produtos e serviços já depositados no banco e o capital é aberto ao interesse privado, para a partilha dos ganhos. Genial, não?
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