Este é o quarto de seis artigos abordando os resultados da Caixa nos nove primeiros meses de 2020. No artigo de segunda-feira, 30, produtos e serviços que os concorrentes desejam
Caixa, setembro de 2020, e alguns de seus impressionantes números: 145,3 milhões de clientes, 24 milhões de contas correntes, 180 milhões de cadernetas de poupança. Para referência, a população brasileira é de 207 milhões de habitantes, segundo estimativa do IBGE.
No período entre setembro de 2019 e setembro de 2020, crescimento significativo no segundo e terceiro trimestres deste ano. A pandemia direcionou quase toda a população brasileira para a instituição que se apresentou para atendê-la, que não se escondeu. Daí o crescimento. Segundo demonstrações contábeis da Caixa, desde o início do programa de auxílio-emergencial aprovado pelo Congresso Nacional foram 67,8 milhões de beneficiários, totalizando R$ 213,2 bilhões correspondentes a 276 milhões de benefícios pagos.
O número de empregados cresceu: 84.290 em setembro de 2020, 224 mais em relação a dezembro de 2019, 84.066. No entanto, esse número cai a cada ano e, tomando-se por referência os 100.677 de dezembro de 2014, agora são 16.387 menos. Agências e postos são 4.156; em 2014, 4.205.
Os canais de atendimento também se alteram aceleradamente, até pelo acesso restrito às unidades. No terceiro trimestre de 2020 a alternativa foi o celular, por ondem passaram 59,1% do total de transações. Mesmo as lojas lotéricas – agências bancárias sem trabalhadores reconhecidos como bancários e sem segurança – registraram proporcionalmente menos transações, 14,4% em setembro de 2020 ante os 23,5% de dezembro de 2019 (Gráfico).
As agências realizam proporção muito pequena das transações, mas, como se sabe, sem que se reduza necessariamente a quantidade de clientes atendidos. Muitas são as operações, consultas e filas imensas que não compõem a estatística das transações realizadas.
Não há dúvida, no entanto, que se caminha para a mudança da finalidade de uma agência instalada, como também já se mostra a mudança nas tarefas e no perfil do bancário. Mais e mais especialistas, em vez de meros executores desta ou aquela operação.
Relativamente a direitos e trato com seu empregador, esse novo perfil impõe aos trabalhadores e suas representações o desafio do futuro que já chegou.