Em janeiro, os benefícios de aposentados e pensionistas nos planos administrados pela Funcef terão reajuste de 4,77%. Esse percentual corresponde à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de janeiro a dezembro de 2024, divulgado hoje (10) pelo IBGE. Se o benefício foi concedido há menos de doze meses, para o reajuste será considerado o INPC acumulado do mês de concessão a dezembro.
INSS
Espera-se para hoje, 10 de janeiro, a confirmação desse mesmo índice de reajuste para os benefícios pagos pela previdência oficial (INSS). Acrescente-se que, no caso do INSS, o reajuste será superior, em percentual necessário a igualar o valor do benefício ao do salário-mínimo, se a aplicação do INPC não for suficiente para tanto.
Salário-mínimo e INPC
A partir de janeiro de 2025, o salário-mínimo é R$ 1.518,00, valor 7,5% superior ao que vigorou até dezembro, de R$ 1.412,00. Considerado o INPC acumulado em 2024, de 4,77%, houve ganho real de 2,6%. Se a comparação for com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,83%, referência na política de metas de inflação adotada no Brasil, ganho real de 2,55%. Por outro lado, se fosse mantida a política de valorização do salário-mínimo antes aprovada pelo governo Lula, e agora limitada pelo chamado arcabouço fiscal (teto de gastos), a correção do mínimo seria de 8,12%, resultado da variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, 3,2%, e do INPC de 2024, 4,77%.
O INPC, índice que estima a variação de preços de produtos e serviços na cesta de consumo de famílias com renda entre um e cinco salários-mínimos, pondera tal variação em nove grupos distintos. Observados esses grupos isoladamente, alguns dos produtos e serviços, que pesam no orçamento em proporção tanto maior quanto menor for a renda da família, acumularam variação acumulada superior ao índice geral. São eles: alimentação e bebidas, saúde e cuidados especiais, despesas pessoais e educação.
Variação do salário-mínimo e do INPC acumulada em 2024
Fonte: IBGE