COISAS DE AGORADESTAQUE

39 anos de uma greve

Quisera encontrar aquele verso, menina, que escrevi tantos anos atrás

30 de outubro de 1985, paralisação de empregados da Caixa.

Foi a luta pela jornada de seis horas, por dois turnos de trabalho, em época que bancos atendiam por mais de seis horas, época em que operações eram realizadas só nas agências. Início do trabalho às 8 da manhã, para a compensação de cheques; encerramento às 18h, 19h, com a elaboração do mapa de fechamento contábil e a entrega do malote de numerário aos vigilantes no carro-forte.

Foi a luta pela sindicalização, pelo reconhecimento como integrante da categoria e pelo que representava, então, a entidade.

Passadas quase quatro décadas, o sistema bancário fez de seus clientes o bancário não remunerado. Cheques, mapas e até numerário são registros históricos.

E, passadas quase quatro décadas, a marca sindical forjada na luta fez-se mesa de negociação, um teatro diferenciado a cada ano, apenas, pela legenda da fotografia.

O que foi feito é preciso conhecer, para melhor prosseguir. Mas nós, que vivemos os anos 1980, não demos conta de transmitir. Os que vieram depois não indagaram. Outros outubros estão distantes.

Para este 30 de outubro, tomadas emprestadas palavras de “O que foi feito devera (De Vera)”, Fernando Brant, Mílton Nascimento e Márcio Borges.

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