Em artigo no ICL Notícias, Rita Serrano, ex-presidenta da Caixa, sugere repensar poupança, capitalizar bancos públicos e reduzir taxa Selic.
Números de junho de 2024: os saldos dos financiamentos habitacionais na Caixa totalizam R$ 783,6 bilhões. Nesse segmento a Caixa detém 67,9% do mercado, índice que representa sua média de participação desde 2016. Se considerado o programa Minha Casa Minha Vida, a fatia de mercado é de 99,5%.
Em seu Relatório da Administração do primeiro semestre deste ano, a Caixa registrava que “o financiamento habitacional desempenha papel fundamental no desenvolvimento do país por meio da geração de emprego e renda. No 1S24, a CAIXA foi responsável pela criação de mais de 803,9 mil empregos diretos e indiretos, por meio da originação de crédito para o segmento imobiliário.”
Fonte de recursos se esgotando
No entanto, em 15 de outubro a Caixa anunciou a redução da parcela do financiamento para novas moradias, o que exigirá do interessado, a depender do caso, recurso próprio correspondente a até 50% do valor do imóvel. Fontes para o crédito estão se esgotando, especialmente por conta da redução nos saldos das cadernetas de poupança e restrições no FGTS.
Em artigo publicado na quarta-feira 23 de outubro no Portal ICL Notícias, Rita Serrano, ex-presidenta da Caixa, analisa o tema e sugere que “que se repense o produto poupança, tornando-o mais atraente”. E acrescenta: “Avaliar a capitalização dos bancos públicos pelo Tesouro e, obviamente, a redução da taxa básica de juros (Selic) também é fundamental”.
Caminho espinhoso. Indesejável ao tal mercado e seu arcabouço fiscal.
A íntegra da análise de Rita Serrano está disponível em
https://iclnoticias.com.br/sonho-da-casa-propria-mais-caro-e-mais-distante/