O Acordo Coletivo de Trabalho proposto pela Caixa foi aprovado em plebiscitos realizados ontem, 12 de setembro, informa a Contraf-CUT, coordenadora da negociação pelos empregados. Será assinado dia 16. Seu conteúdo é o da versão rejeitada no dia 5, apenas com a ressalva de que cláusulas relativas à jornada de caixas e de tesoureiros serão definidas em até 50 dias. Temas como Saúde Caixa e Funcef são compromissos para o futuro, diz a jura da Caixa.
Aos bancários, neste dia 12, por meio virtual, foi permitida a escolha entre o acordo ou greve. A hipótese greve foi mencionada discretamente pela Contraf-CUT.
Greve é a paralisação da atividade, arma dos trabalhadores. Não se deflagra virtualmente. Exige presença, preparação e organização, todas variáveis das antigas.
Há que se reconhecer que greve no segmento bancário é efeméride de décadas. Há que se reconhecer, também, que a paralisação do bancário, sem a compreensão do novo bancário, não paralisa a atividade bancária hoje em mais de dois terços das operações convencionais realizada pelo próprio cliente.
O novo bancário, fruto dos anos 2000, é analista, consultor, concessor de créditos e, no caso da Caixa, ainda atendente da atividade social do banco. Para lutar coletivamente por seu direito, necessário convencê-lo a respeito.
Necessária a conquista de corações e mentes. A maioria das entidades sindicais parece entender inviável ou desprezível essa conquista. Assim, há uma década se sucedem pactos bienais, cada um deles com novos recuos, sem avanços para os trabalhadores de setor da economia recordista de lucros.
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