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Caixa: barganha e as heranças de Temer e Bolsonaro

Artigo assinado por Chico Alves, publicado nesta sexta-feira 2 de agosto no portal ICL Notícias, traz a lista de integrantes de áreas estratégicas da Caixa herdados de Temer e Bolsonaro. Esses integrantes, argumenta o articulista, são “figuras cujo histórico nada tem a ver com o que se poderia esperar de um governo progressista”.

A Caixa foi entregue pelo Governo Lula ao chamado “centrão”, bloco de congressistas submissos ao Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. A entrega traria, em contrapartida, apoio a projetos de governo.

Arthur Lira indicou para a presidência do banco Carlos Antônio Vieira Fernandes. Desde novembro de 2023, Vieira ocupa o cargo da então presidenta Maria Rita Serrano, que assumira em janeiro daquele ano (a propósito da dispensa de Rita Serrano, artigos indicados ao final deste texto).

Diretrizes Temer e Bolsonaro

Com o “centrão”, ressurgiram as diretrizes Temer e Bolsonaro. Vale lembrar que Temer assumiu ainda em 2016 o lugar de Dilma Rousseff, Presidenta da República vítima de golpe realizado por meio parlamentar. Temer, em evento nos Estados Unidos, “afirmou que a petista só foi apeada do poder porque recusou as propostas do PMDB no documento intitulado ‘Ponte para o futuro’ ”, relatava a revista Carta Capital em setembro daquele ano.

Nas gestões Temer e Bolsonaro, a Caixa desfez-se de participações acionárias na Petrobras e no Instituto de Resseguros do Brasil. Trouxe, ainda, novos sócios privados para compartilharem seu balcão por meio da Caixa Seguridade S.A. Em alguns exercícios, sob a presidência de Pedro Guimarães, o banco alcançou lucros recordes, mas fictícios, dado que resultantes da alienação de ativos e não de suas operações recorrentes. No último ano do governo Bolsonaro, Guimarães foi afastado, lembra Chico Alves, em razão de denúncias de assédio sexual e moral.

Na gestão Carlos Vieira, a Caixa pretende ampliar a participação privada na Caixa Seguridade S.A. e transferir a administração das loterias federais para sua subsidiária, por enquanto integral, Caixa Loterias S.A. Há questionamentos relativamente a operações a serem efetivadas, ainda não aprovadas, por meio da Caixa Asset, de R$ 400 milhões com o Banco Master,  e contratação da Cactvs, empresa impedida de operar com o Banco do Nordeste do Brasil, que teria sido considerada pela Caixa a única apta a operar com microcrédito rural.

No artigo, Chico Alves também destaca manifestação do presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, para quem “Havia uma grande expectativa de uma mudança radical na política de Recursos Humanos e de gestão na Caixa, com a substituição daqueles que serviram e implementaram a política do medo, do assédio nos empregados e sucateamento da empresa. Essas mudanças não ocorreram, com a permanência de muitos que foram responsáveis por essa política”.

Afastamento de Rita Serrano, leia mais em:

https://todoplural.com.br/2023/07/07/rita-serrano-afasta-la-da-presidencia-interrompera-a-reconstrucao-da-caixa-e-e-injusto/

https://todoplural.com.br/2023/10/25/a-presidencia-da-caixa-na-barganha-cai-rita-serrano/

Artigo de Chico Alves no ICL Notícias: 

https://iclnoticias.com.br/caixa-tem-em-areas-estrategicas-11-nomes/

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