COISAS DE AGORADESTAQUE

Roteiro para minissérie, com patetadas e má-fé.

Comentário do jornalista Breno Altman, editor do portal Opera Mundi, ao ser indagado por Leandro Fortes no canal DCM a respeito do “terrorista” do Hezbollah preso pela Polícia Federal. Fortes questiona se há sentido em se manter relações com o Mossad, agência de inteligência de Israel, dentro Brasil.

Diz Altman: “Não é dentro do Brasil. Que existe a parceira, existe, como o próprio ministro (referência a Flávio Dino) diz que sim. Não houve, propriamente, uma ação do Mossad no Brasil. Ele emitiu um relatório de inteligência. A Polícia Federal pegou esse relatório e fez as prisões preventivas para investigar. É isso que está dito. Evidentemente, é uma casca de banana. É uma operação de propaganda, que a Polícia Federal, com gosto ou sem gosto, por ingenuidade ou por má-fé caiu que nem um patinho na lagoa”

O jornalista acrescenta, a propósito da nota do governo brasileiro, subscrita por Flávio Dino:

“Vamos ser bem objetivos. O governo brasileiro está de guarda baixa com Israel. Se estivesse de guarda alta, teria a seguinte orientação: nada do que vem do Mossad presta”.

Patetada ou má-fé

Breno Altman destaca que “há o desencadeamento de uma ofensiva de propaganda do governo sionista (…) No curto espaço de três dias, eles fizeram várias coisas simultâneas. O Mossad plantou, lá atrás, a informação sobre os tais brasileiros vinculados ao Hezbollah que preparavam atentados contra alvos judaicos, sinagogas aqui no Brasil. O Hezbollah nunca agiu assim! Vamos calcular: o Hezbollah está metido numa guerra, ali, com Israel, e vai agir assim no Brasil, um país com um comportamento de não alinhado a Israel? Qual o sentido disso?  A Polícia Federal, por patetada ou por má-fé, cai na operação, Netanyahu (primeiro-ministro de Israel), em sua página…é feita a informação do Mossad, que coloca a polícia federal e próprio governo numa situação de submissão frente a Israel”.

Publicações articuladas, antissemitismo e antissionismo

Em relação à reunião promovida pelo embaixador israelense, Daniel Zonshine, no parlamento brasileiro nesta semana, lembra Altman: “faz ele próprio um convite para o parlamento brasileiro, o que já uma aberração – como é que o embaixador de Israel convida para uma reunião no parlamento brasileiro? – e leva a essa reunião o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pela justiça eleitora! “.

E conclui Breno Altman: “Logo seguida, ontem (9), em vários jornais do país e vários sites, foram publicados artigos do presidente da Confederação Israelita Brasileira, da Federação israelita de São Paulo, da Federação Israelita do Rio de Janeiro, vários artigos foram publicados sobre antissemitismo, da onda de antissemitismo, que o antissemitismo preocupa o mundo (…). É uma operação de propaganda para tentar desviar o tema do antissionismo, do que Israel está fazendo na Faixa de Gaza, para o antissemitismo. Então é um encadeamento de ações coordenadas. E eu vejo o governo brasileiro desorientado”.

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