Desde 7 de outubro, 5.087 palestinos mortos, dos quais ao menos 2.055 crianças e 1.119 mulheres. Feridos são mais de 15 mil. Desaparecidos são 1.500, entre eles 800 crianças. Os números são da ONU, reproduzidos pela Rede Brasil Atual.
A Organização Mundial da Saúde documentou 72 ataques a serviços de saúde na Faixa de Gaza, que afetaram 34 instalações e 24 ambulâncias. Hospitais, sem medicamentos e equipamentos, sem eletricidade, estão em colapso.
Segundo o Portal Opera Mundi, na reunião do Conselho de Segurança da ONU de ontem (24), o Secretário-Geral da organização, António Guterres, disse que “Tel Aviv usa ‘ataques atrozes do Hamas’ para justificar ‘punição coletiva’ do povo palestino; conceito é criminalizado pela Convenção de Genebra”. Israel repudiou a declaração e quer o afastamento do Secretário-Geral.
Ataques a civis
Atacar civis forçando seu deslocamento ou matando-os é prática de sionistas de Israel desde que esse estado foi criado em maio de 1948. Nesse ano, a política de ocupação de territórios, muito além da área que lhe foi destinada na Resolução ONU de 1947, não tinha parada. Recorrendo, novamente, a Ilan Pappé em “A Limpeza Étnica da Palestina” ao narrar o conflito de julho de 1948 entre o exército de Israel e unidades árabes:
“Em menos de duas semanas, centenas de milhares de palestinos foram expulsos de seus vilarejos e cidades, inclusive médias. O plano de ‘paz’ da ONU havia resultado na intimidação e aterrorização do povo por meio da guerra psicológica, nos bombardeios pesados da população civil, nas expulsões, na visão das pessoas pela expulsão de seus parentes, das mulheres e filhos sofrendo abusos, roubos e, em vários casos, estupros. Até o fim de julho, a maioria das casas sumira, dinamitada pelos sapadores israelenses. Em 1948, os palestinos já não podiam esperar qualquer intervenção internacional, nem contar com a preocupação externa com a realidade atroz que se desenvolvia na Palestina”.
E hoje é diferente?