Calendário aprovado pela Funcef estabelece 18 horas do dia 3 de março como limite para a divulgação dos candidatos homologados pela Comissão Eleitoral. O adjetivo “homologado” se encaixa bem na situação: trata-se de processo eleitoral em que valem menos os votos dos eleitores, que são participantes ativos e assistidos dos planos de benefícios, e pesam os obstáculos criados, alguns dos quais sem qualquer razão objetiva, a não ser a de estabelecer dificuldade à livre candidatura e à livre escolha dos eleitores.
Na última semana, circulou a informação de que, dos inscritos, apenas um teria conseguido superar todos os obstáculos. Se assim for, a eleição será um processo quase fantasma.
Alguns dos obstáculos são imposição de mudança estatutária na Funcef. A mudança, vale lembrar, foi aprovada sem voto da maioria dos conselheiros deliberativos. Alterou-se o estatuto, portanto, atropelando-se regras do próprio estatuto, que exigia essa maioria.
Em disputa, vaga para o cargo de diretor de administração e controladoria e vaga para o cargo de diretor de benefícios. Está prevista, também, a escolha de dois membros ao Conselho Deliberativo e de um ao Conselho Fiscal.
Os eleitos serão submetidos, ainda, ao crivo da Previc, uma autarquia Federal. Os diretores, se aprovados pela autarquia, terão seu desempenho avaliado periodicamente pelo Conselho Deliberativo e, a critério dele, poderão ter mandato revogado sem consulta aos eleitores. O CD é órgão onde não se exige voto da maioria de seus integrantes para tomada de decisão que interesse à direção da Caixa.
A ver como se deu a correria para tentar homologar e, ao menos, manter as aparências.
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