A Vale S.A. divulgou na quarta-feira 28 de julho os resultados do segundo trimestre de 2021. A Companhia contabilizou lucro líquido de 7,586 bilhões de dólares no período. O EBITDA – lucros antes de impostos, juros, depreciação e amortização – foi recorde, 11,239 bilhões de dólares.
Segundo nota publicada pela Vale em seu portal, o resultado do segundo trimestre foi consequência, principalmente, dos “maiores preços realizados e volumes de venda de minério de ferro e pelotas, parcialmente compensados por certos custos e despesas que são vinculados ao preço do minério de ferro como, por exemplo, compras de terceiros e royalties, elevados custos de frete e maiores custos de manutenção e serviços”.
Diz ainda a Companhia que “o caixa gerado das operações nos permitiu distribuir US$ 2,208 bilhões em dividendos aos acionistas em junho e continuar com nosso programa de recompra adquirindo US$ 2,004 bilhões em nossas próprias ações.”
Impacto nos planos Funcef
A notícia é boa para os participantes do Reg/Replan, forma Saldada e Não Saldada. Em março de 2021 – último relatório publicado pela Funcef –dos R$ 84 bilhões aplicados pelos planos administrados pela Fundação, R$ 11 bilhões, ou 13,1% do total, destinavam-se à Vale S.A. por meio do Fundo de Investimentos Carteira Ativa II (FIA CA II). Se considerados os R$ 26,9 bilhões alocados no segmento de renda variável, a proporção era de 40,9%.
Na base dezembro de 2020, última disponível, a participação do Reg/Replan Saldado no FIA Carteira Ativa II alcançara R$ 9,08 bilhões, 89,8%, e a do Não Saldado, R$ 845 milhões, 8,35%. Novo Plano e Reb mantinham participação residual, somando 1,8% do total do fundo.
Alienação de ações
O impacto do ganho agora anunciado, no entanto, pode ter-se reduzido. Extraoficialmente, há algumas semanas noticiou-se que a Fundação se desfez de parte significativa do capital da Vale. Participantes aguardam a divulgação dos resultados dos planos Funcef dos meses de abril, maio e junho para avaliação desse impacto.