Quarto da série de cinco artigos destacando números da Caixa no primeiro trimestre de 2021. Na terça-feira (18),fundos de investimentos e depósitos
O total das receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias da Caixa, no primeiro trimestre de 2021, foi R$ 5,683 bilhões. Esse valor representou redução de 1,9% em relação aos R$ 5,794 bilhões arrecadados no mesmo período de 2020, o que se atribui à queda de receitas em conta corrente, convênios e fundos de investimentos.
O grupo Serviços de Governo representou um terço da arrecadação, R$ 1,925 bilhão. Desse grupo, destacaram-se FGTS, R$ 660 milhões, 11,6% do total em receitas e tarifas, e Loterias, R$ 410 milhões, 7,2% do total. O grupo Tarifas bancárias correspondeu aos dois terços restantes, R$ 3,757 bilhões. Houve incremento nas tarifas com seguros, capitalização previdência e consórcios, que somaram no 1º trimestre de 2021 R$ 206,1 milhões ante R$ 43,2 milhões do mesmo período do ano anteriores.
Receitas, tarifas e despesas de pessoal
Renda de prestação de serviços e tarifas bancárias somam valores tão significativos às instituições financeiras que, nas cinco maiores, aquelas que caracterizam o monopólio do sistema, são suficientes para cobrir todas as despesas de pessoal – salários, benefícios, encargos, previdência complementar. Não é necessário recorrer-se ao ganho de intermediação financeira, a atividade-fim.
Nos bancos privados, tal soma significa quase duas vezes a despesa. Na Caixa a coisa é mais modesta: as receitas corresponderam no primeiro trimestre de 2021 a 105% das despesas, que totalizaram R$ 5,411 bilhões. Esse montante foi 3,53% superior ao primeiro trimestre de 2020, em termos nominais. Mas, se descontada a inflação medida pelo INPC, índice de referência de correções salariais, houve redução real na despesa. O INPC, no período, totalizou 6,94%.