ESTANTE

Caixa perde mercado na maioria dos segmentos no primeiro trimestre de 2021.

Segundo da série de cinco artigos destacando números da Caixa no primeiro trimestre de 2021. Amanhã (15), operações de crédito da Caixa ao setor público, à pessoa física e à pessoa jurídica.

Embora anuncie crescimento nos depósitos em caderneta de poupança, depósitos à vista, operações de crédito e número de contas de pessoas físicas e jurídicas – mantendo, ainda, mais de 145 milhões de clientes – a Caixa tem sua fatia de mercado reduzida em diversos produtos, comparando-se março de 2021 e dezembro de 2020. E, mais acentuadamente, perda de mercado para os concorrentes se observada posição desde 2016. Em números de, respectivamente, dezembro de 2016 e março de 2021, certificado de depósitos bancários (CDB), segmento em que a Caixa detinha 27% do mercado, caiu a 4,1%; em depósitos à vista, de 20,8% a 16,1%; letras hipotecárias e de crédito imobiliário, de 50,1% a 27,1%; letras financeiras, de 12,1% a 0,5%; poupança, de 38% a 36,4%.

Perda pequena, ao menos no último trimestre, na participação em crédito à pessoa física e à pessoa jurídica, interrompendo assim queda pouco mais acentuada observada desde 2016. Sua fatia em fundos de investimentos segue próxima dos 8%. Por fim, predomínio em financiamento imobiliários, 68,3% do mercado.

Reduzir sua disputa em produtos destacados pela concorrência e centrar-se em imobiliário talvez seja a estratégia da empresa. Ser o banco da habitação e do auxílio emergencial é excelente, mas ser apenas isso elimina a Caixa enquanto concorrente no já reduzido mercado de concorrentes bancários. Instituições privadas comemoram.

Lucro elevado, não recorrente, fruto da venda de ativos  – que, por óbvio, só são vendidos uma vez – não se sustenta.

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