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Vale S.A.: vender ou não vender? Diretoria e Conselho da Funcef teriam aprovado a venda de 50% das ações da Companhia

Circula em redes sociais informação de que a Funcef alienará 50% de sua participação na Vale S.A. Na diretoria-executiva, proposta com tal teor teria tido três votos favoráveis, todos de diretores indicados pela Caixa, e, entre os eleitos, dois votos contrários e uma abstenção, no caso de um substituto em exercício do titular. No Conselho Deliberativo, aprovação unânime de indicados e eleitos.

Também por meio de redes sociais, foi distribuída nota atribuída aos membros eleitos do CD. Embora eles não confirmem a decisão, destacam que as ações da Vale “representam o principal ativo do plano Reg/Replan nas modalidades Saldada e Não Saldada, correspondendo a cerca de 20% e 16%, respectivamente, do patrimônio de cada modalidade”. Destacam, ainda, o que chamam de “princípios consagrados do mercado”, especialmente momento certo para venda de ações, realização de lucro e risco de concentração excessiva em uma Companhia.

Deixando a Companhia

Na terça-feira (13/4), União e o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ofereceram ao mercado debêntures da Companhia. O negócio movimentou R$ 11,5 bilhões. Segundo a imprensa especializada, os papéis foram adquiridos por instituições internacionais e tesourarias de bancos. Analistas apostam que 2021 será mais um ano positivo para a Vale.

A Vale foi a leilão em 1997 por R$ 3,3 bilhões, investimento recuperado pelos novos donos com o lucro dos três anos imediatamente seguintes. Além da Companhia, tais donos receberam R$ 100 bilhões em reservas minerais e R$ 700 milhões em caixa. Seus principais acionistas hoje são a Previ, 10,1%, fundo de previdência dos empregados do Banco do Brasil; Bradespar, Grupo Bradesco, 5,6%; fundos e companhias Internacionais, com 22%.

A Funcef investiu R$ 250 milhões em 1997. Sua participação, entre outros investidores, se dá pelo Fundo de Investimentos Carteira Ativa II. A partir de dados da Fundação, constata-se que, de 2002 a 2020, esse Fundo teve valorização de 1.230%, com ganho real de 670%, se descontada inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A participação da Funcef foi contabilizada, em dezembro de 2020, por R$ 10,1 bilhões (gráfico).

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