A Funcef apresentou ontem, 23 de março, alguns dos indicadores relativos aos planos de benefícios por ela administrados. Os balancetes de dezembro e relatório anual, no entanto, não haviam sido publicados até a redação desta nota (24/3), o que inviabiliza análise abrangente de resultados e situação dos planos.
Das variáveis apresentadas, o superávit em 2020 alcançou R$ 2,57 bilhões, diz a Fundação. Haverá redução nas contribuições extraordinárias do Não Saldado, mas não das contribuições do Saldado. Em ambos persistem os déficits acumulados desde 2017.
Não há referência da Fundação à aplicação da Resolução CNPC 30, de 2018, que permite revisão de equacionamento dos planos sob a hipótese de ampliação de prazos de integralização de reservas.
Os ganhos do ano concentraram-se em Renda Variável, especificamente Fundo de Investimento em Ações Carteira Ativa II, que representa a participação na Vale S.A. A rentabilidade foi de 65% nesse Fundo. Com isso, Reg/Replan Saldado e Não Saldado, com carteiras carregadas desse ativo, alcançaram resultados de 16,6% e 14,1%, respectivamente, ambos superiores à taxa mínima atuarial de 10,19%.
Por outro lado, REB e Novo Plano, observados saldos de contas de participantes ativos, tiveram suas quotas desvalorizadas em 2020: ante meta de 10,19% para ambos, rentabilidade de 7,98% no Plano Reb e de 7,45% no Novo Plano. Nas reservas desses planos relativamente a assistidos, valorização de 11,8% e 10,95%, respectivamente, percentuais pouco acima da mencionada meta.
Também rentáveis o segmento de Investimentos Estruturados, onde se contabilizam os Fundos de Investimentos e Participações (FIP) e, como se repete há alguns anos, Operações com Participantes (empréstimos).