TV Globo, jornal SP2, edição de 4 de janeiro. Foram 2 minutos e 33 segundos, longa-metragem em se tratando de televisão.
O tema, inevitável desde 1º de janeiro pela repercussão em mídias não hegemônicas, foi o que o telejornal tratou como “idosos de 60 a 64 anos vão perder a gratuidade”. Gratuidade, no caso, no transporte público na Capital, medida que também se aplicará a municípios da Grande São Paulo servidos pela EMTU, empresa controlada pelo governo do Estado. Depoimentos de manicure, empregada doméstica e de desempregada, todos na mesma direção: a viagem ficará cara, especialmente a quem toma mais do que uma condução. A reportagem traz orientações de como emitir o bilhete único para pagamento. Excelente serviço, não?
O fim da gratuidade é obra de decreto do governo municipal, para a Capital, e de decreto do governo Estadual, para a Grande São Paulo. Aos 65 anos será restabelecida, pois assim garante o Estatuto do Idoso.
A Globo, na matéria, mencionou a Prefeitura ou o Governo do Estado? Não. Mencionou o prefeito ou o governador? Não. Mencionou o partido ao qual eles se vinculam? Não. Foi empunhar o microfone na boca de alguma autoridade cobrando o que motivou o fim da gratuidade? Não.
Os tucanos Bruno Covas e João Doria continuam confortavelmente amparados pela mídia comercial, a quem muitos dão crédito.
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