O Programa de Demissão Voluntária (PDV) de novembro de 2020 recebeu a adesão, segundo se informa, de 2.700 empregados. A Caixa pretendia demitir pouco mais de 7 mil. Meta não alcançada, o PDV foi reaberto em dezembro.
É provável que o número de empregados a serem excluídos alcance rapidamente a dezena de milhar. O expurgo foca a geração 1989, aquela ainda vinculada ao Reg/Replan, formas Saldada e Não Saldada. Em maio de 2020, havia em atividade na Caixa 10.808 empregados do Saldado e 1.210 do Não Saldado.
Há que se destacar, também, que há pelo menos 5.600 empregados aposentados pelo INSS com contrato não rescindido com a Caixa.
O Reg/REplan é um plano de Benefício Definido, modalidade de previdência em que há corresponsabilidade da patrocinadora – no caso, da Caixa – na fase de benefícios, inclusive por eventuais déficits, como aliás vem ocorrendo. É um dos denominados benefícios pós-emprego, horror do setor privado e daqueles por ele inspirados. Mudanças virão por aí.
Excluídos da ativa os participantes desses planos, restariam os 71 mil vinculados ao Novo Plano e Reb. Em uma “canetada” a Caixa criará, amparada pela CGPAR 25, um novo Novo Plano, desta vez de modalidade Contribuição Definida, aquela em que a patrocinadora administra os recursos, mas sem qualquer corresponsabilidade por resultados ou recursos insuficientes para o pagamento de benefícios. Benefício vitalício ao aposentado será apenas uma hipótese. E remota.
Esses demitidos não serão substituídos, informa a Caixa. Agências serão fechadas, áreas-meio transferirão empregados para unidades de ponta, deixando carentes áreas de suporte sem, de fato, viabilizar as agências à medida da necessidade.
Por esses caminhos se vislumbra que restarão na Caixa aqueles encarregados da venda de produtos e serviços com o nome de subsidiárias Caixa, já privatizadas.
E, objetivamente, não parece que os trabalhadores serão chamados a lutar contra isso tudo.